Nos últimos dias, foram implantadas duas bancas (fixas por cimento) no centro de Poá. Bom, mas afinal, que mal tem isso?
Primeiro detalhe, elas foram implantadas na Praça do Relógio, logo em frente o túnel de pedestres. Isso se torna um grande empecilho ao se verificar que elas estão atrapalhando o trânsito de pedestres. Ressalta-se que não poucos, pois esta praça é o principal meio de acesso de pessoas que vêm do sul para o norte da cidade ou vice-versa. Além disso, vivemos um momento no qual se discute como deve ser a aparência dos centros urbanos. Um exemplo, na cidade de São Paulo acabou de ser concretizado o Projeto de Cidade Limpa, o qual visa diminuir a poluição visual, principalmente através da retirada de out-doors do município. Assim, logo após este exemplo, a prefeitura municipal de Poá autoriza a colocação desses empecilhos em plena praça, em pleno local que deve preservar o verde, que deve permitir ampla visualização em se tratando de um centro que precisa de segurança. Este é o segundo detalhe. O local vem sendo segurado por policiais militares. As instalações das bancas atrapalham a visualização de toda a área. Terceiro detalhe. Elas ficam localizadas próximas a uma faixa de pedestre e logo em frente do retorno disponibilizado aos taxistas. Se uma pessoa passar despercebida pelo local, pode ocorrer acidente. Ah, há mais um detalhe. Não parece serem regulares produtos “genéricos” que ali são vendidos. Então, prefeitura, olhe o alerta.
Parece que serão implantadas mais barracas e que elas estariam sendo financiadas pelo Banco do Povo. Não se quer aqui destituir o trabalhador de um local para trabalhar. No entanto, é necessário numa sociedade civilizada e democrática que o espaço público seja normatizado, justamente por ser público e de todos.
Já que se quer disponibilizar uma área para que pessoas (não sei se somente trabalhadores) montem sua atividade comercial, fica aqui uma sugestão: colocar estas bancas em parte do Terminal de ônibus, já que o mesmo não é totalmente utilizado pelas empresas. Lá há um ótimo espaço para implantá-las.
Pergunta-se agora. Para que serve o departamento de Meio Ambiente da prefeitura se ele permite que isto ocorra em plena área verde. Bom, se pensarmos que foi permitido aquele ato contra a praça da Bíblia (desconfiguração para fazer uma que nem foi “construída” ainda), Poá continuará a ter este desleixo por questões ambientais. Parece que nossos governantes não souberam do Painel Intergovernamental da ONU para questões do Meio Ambiente, o qual prevê catástrofes em nosso planeta se não cuidarmos melhor do ecossistema.
Por Leandro Gomes
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