O partido demonstrou organização e rapi
damente regularizou sua documentação perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os documentos em ordem é que permitiram ao PSOL ser o primeiro a ir para as ruas conversar com a população.
Candidatos, militantes e simpatizantes fizeram uma caminhada, acompanhados de um carro de som e explicavam o mote da campanha: “A radicalização da democracia”. Para Milton Bueno, o trabalho de diálogo continua permanente. “Estamos diariamente, e também nos seminários, explicando como construir uma cidade democrática na prática e não apenas no papel. Visitaremos casa por casa para explicar nosso programa”, detalhou o candidato.
O grupo lançou ainda a campanha “Não recebo um real, tô na rua por ideal”. O objetivo é demonstrar que a política deve ser feita por militantes
voluntários e não por pessoas pagas. Além disso, serve para denunciar o alto custo das campanhas de outros partidos financiados por empresários.
Seminário
Após a caminhada, os candidatos e militantes foram para o Espaço de Cultura Socialista onde aconteceu mais um seminário para construção do plano de governo. Com o tema “Educação: qualidade, universalidade e formação para a cidadania”, o evento foi o mais concorrido da série.
Ao menos 150 pessoas acompanharam o debate entre o Deputado Federal Ivan Valente, Presidente Nacional do PSOL, Prof Júlio Zannata, do Cursinho Francisco de Assis, Virtude, do Consulta Popular e Prof. José Ibiapino.
Valente tratou da dura luta para conquistar no Congresso Nacional 10% do PIB para a Educação. “Nós lançamos o projeto desde 1998 e somente agora, após muita pressão, conseguimos aprová-lo. Deveria ser para já, mas já é uma conquista”,
garantiu o deputado
Virtude fez um levantamento histórico do processo educacional. “A escola, como a conhecemos, foi levantada para treinar mão-de-obra para o capital, é preciso rever isso”, pediu. Ibiapino, por sua vez, levantou dados estatísticos de escolas e alunos do município. “Não basta criarmos prédios bonitos, é importante que haja qualificação dos professores e redução de alunos nas salas de aula”, lembrou.
Julio, que trouxe a experiência de 11 anos no trabalho com alunos de cursinhos comunitários, explicou o déficit de aprendizado que carregam os alunos de escola pública. “Hoje os alunos não sentem mais vontade em estudar. As ferramentas precisam ser modernas aliadas a um processo pedagógico que ao mesmo tempo emancipe e motive-os a estudar para futuramente ingressar numa universidade pública”.
A série de seminários terá mais duas atividades. No próximo sábado, dia 21, o tema será “Direito à cidade: transporte, habitação, segurança e o acesso a espaços públicos”. Na semana seguinte, dia 28, o partido finalizará a construção do plano de governo com o debate sobre “Saúde Pública e o papel histórico do SUS”.
Os eventos ocorrem no Espaço de Cultura Socialista, a partir das 16 horas, na Rua Fernando Pinheiro Franco, 40, centro de Poá.
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