Rodoanel: pague para entrar, reze e pague para sair
Não só de riscos de acidentes vivem os usuários do Rodoanel, com o início da cobrança do pedágio nas pistas expressas da Rodovia Castelo Branco no último domingo (17) os motoristas que acessam o Rodoanel na região de Osasco/Barueri pagam para entrar na rodovia e também para sair, já que todas as saídas do Rodoanel são pedagiadas.
A cobrança do pedágio nas pistas expressas da Rodovia Castello Branco começou à 0h deste domingo (17). Antes, a cobrança era feita apenas na pista marginal. A CCR, concessionária que administra a via, instalou praças de cobrança no km 18, sentido interior, e no km 20, sentido capital paulista.
A concessionária faz propaganda dizendo que reduziu o valor do pedágio, de fato, uma vez que logo à frente, em Itapevi, já no Km 33, há outro posto de pedágio. A redução, além de ser uma jogada de marketing, obviamente não implicará em perda de arrecadação para a concessionária, pelo contrário, já que um número muito maior de usuários passou a ser obrigado a pagar pedágio. Além disso, há o impacto no uso do Rodoanel, que também já é pedagiado.
Carros de passeio, que antes pagavam R$ 6,50, vão pagar R$ 2,80. Caminhões e ônibus pagarão R$ 2,80 por eixo. Já na praça de pedágio do km 33, em Itapevi, na Grande São Paulo, a tarifa será de R$ 5,60 para carros de passeio e por eixo de caminhões e ônibus. Antes, os motoristas pagavam R$ 11,20.
Novos trechos do Rodoanel vão ter pedágios mais caros
A cobrança de pedágio no Trecho Sul do Rodoanel deve começar em dezembro. Os motoristas vão pagar mais caro para circular pelos trechos Sul e Leste.
Segundo anunciou o governo do Estado, em 20/1, os preços dos pedágios serão fixados em R$ 6 para o trecho Sul e R$ 4,50 o do Leste. Atualmente, no trecho Oeste o valor é de R$ 1,30.
Embora o modelo adotado pelo governo estadual não seja por quilometragem, proporcionalmente a tarifa-teto (que será referência no leilão de concessão) está bem acima da usada para o trecho Oeste.
Com os pedágios mais caros, a expectativa do governo é que a empresa concessionária tenha uma receita tarifária de R$ 26,831 bilhões durante os 35 anos de concessão (R$ 766 milhões por ano). A explicação é que, desta vez, quem vencer o leilão terá não só a obrigação de administrar o trecho Sul, mas também construir todo o trecho Leste.
A cobrança será feita em quatro praças de pedágio, sempre nas saídas. O motorista pagará uma vez ao deixar o Rodoanel, como já ocorre no Trecho Oeste.
Se o processo de licitação do trecho Sul não atrasar, o contrato deverá ser assinado em 27 de julho.
De acordo com a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), 1.071 edificações terão de ser removidas para a construção do trecho Leste, em 743 hectares, dos quais 72% em área urbana.
População protesta
Na segunda feira, dia 18, uma manifestação paralisou a Rodovia Castelo Branco na altura do pedágio de Osasco. O impacto na região é muito grande e deve aumentar consideravelmente o tráfego nas vias dos municípios da região e penalizar usuários que percorrem pequenos trechos da Castelo Branco e do Rodoanel.
Movimentos estão sendo organizado em várias regiões do Estado de S. Paulo penalizadas pelos pedágios abusivos do governo Serra. No bairro de Perus, na Capital, os moradores estão mobilizados, em dezembro foi realizada uma manifestação no posto de pedágio do início da Anhanguera e também organizado um abaixo-assinado entre os moradores da região. Em outros bairros e cidades da Grande S. Paulo e do interior há várias movimentações para tentar barrar os abusos dos pedágio
fontes: Secretaria de Comunicação – PSOL SP
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