O Secretário de Governo André Marques concedeu no dia 9 de Maio entrevista ao Jornal Novo Milênio. Para variar, nada de especial. O político lançou suas retóricas e o jornal as aceitou sem nenhum adendo. Deve-se, no entanto, explicitar o que o secretário esconde do povo de Poá e aquilo que o jornal não faz questão de investigar.
Já no início, o secretário diz que a cidade sofreu uma revolução na educação e saúde na gestão Roberto Marques. Não se sabe em que mundo vive Marques, mas não deve ser a Terra, pois de todos os adjetivos, o menos possível de qualificar essas áreas é revolução. Pelo visto ele não anda em postos de saúde e escolas. Ir em UBS ou hospitais, é sinônimo de horas de espera na fila, mal atendimento, falta de medicamento, falta de profissionais. Além disso, acredita que a educação terá resultados positivos apenas com investimento em material. É necessário mais que isso, é imperativo profissionais qualificados, salas com menos alunos, concurso para funcionários e participação integrada com a comunidade. Pelo visto, esses temas não são importantes para o secretário.
Falando especificamente da maternidade, não deixa claro que houve duas inaugurações para a mesma obra. Dois gastos com palanque, além, é claro, de ter deixado expectativas no povo quando do evento do ano passado. Somente um ano depois é que a maternidade funcionou. O secretário denuncia ainda desvios de verba do hospital na gestão Eduardão. Será que é da “boca para fora” ou é verdade. Se for verídico, por que o atual prefeito não pediu investigação contra o ex. Se não o fez, os dois cometeram crime, um por desviar e outro por omitir. O secretário esconde ainda que a desastrosa FAEP irá gerir a maternidade. Novamente terceiriza a saúde e pior, para uma empresa que já mostrou não ter competência.
Quando tratou de obras até o fim da gestão, Marques falou de reformas em praças centrais. Pode-se dizer claramente: na praça da Bíblia jogaram dinheiro público no ralo ao destruir uma praça para construir outra. Nas praças mais centrais, autorizou a colocação de bancas vendendo produtos. Isso é destruir praças e não melhoria na qualidade de vida, como afirmara. Para não esquecer, há quase quatro anos prometeu terminal rodoviário na Cidade Kemel, mas só agora, em vésperas de eleições, é que a licitação será aberta.
Outra fala desrespeitosa com a inteligência da população refere-se à saída do secretário Marcos Borges. Reclamou da desistência de Borges em continuar no cargo. Por que então Marques não citou os outros secretários nomeados que saíram da prefeitura, alguns também para serem candidatos. O pior deve ser Augusto de Jesus, tão alardeado em sua nomeação e ficou apenas dois meses na função. Pelo visto, Marques age com dois pesos e duas medidas quando em uma função pública deveria imperar os princípios de racionalidade e razoabilidade.
André Marques só confirmou através das falácias lançadas que a administração do prefeito Roberto Marques não promove os reais benefícios sociais necessitados pela população. A cidade, para variar, só perde com políticas desse modo.
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